Depressão

Como um psicanalista atua em casos de depressão?

Apatia, tristeza e melancolia são sentimentos geralmente associados a situações tristes, como a morte de uma pessoa próxima, o término de um relacionamento ou mesmo a perda de um emprego. Mas, se com o passar do tempo esses sintomas permanecerem, é hora de buscar ajuda clínica de um psicólogo ou psicanalista para entender se não se trata de um quadro de depressão.

Conheça os sintomas da depressão

Os sinais associados a um quadro depressivo podem ser físicos e mentais. Entre os mais comuns estão:

Insônia ou aumento excessivo de sono;
Aumento ou ausência de apetite;
Alterações frequentes de humor;
Fadiga;
Perda de interesse em atividades que o paciente gostava e costumava se dedicar;
Irritabilidade;
Apatia ou desânimo profundo;
Baixa autoestima;
Perda de memória;
Sentimento de inferioridade;
Pensamentos suicidas;
Perda do convívio social;
Falta de concentração.

A psicanálise como tratamento da depressão

O tratamento psicológico é essencial para tratar a depressão. Às vezes, é também associado aos cuidados psiquiátricos com o uso de medicamentos. Seguindo a linha da psicanálise, o tratamento começa pela escuta atenta a tudo que é compartilhado pelo paciente.

Na consulta, o psicanalista incentiva o paciente a não se limitar a uma situação específica e a contar sobre o seu cotidiano, a convivência familiar, os relacionamentos. Enfim, tudo o que possa ajudar o psicanalista a conhecê-lo melhor. Diante disso, o profissional analisa o discurso e passa a interpretar os sentimentos e percepções do paciente, identificando também os sintomas que estão presentes não só na fala, mas nas ações compartilhadas na conversa.

Casos são tratados individualmente

O objetivo do tratamento não é encaixar os sintomas em um padrão estabelecido previamente e tratá-los baseado nesse padrão. A ideia é analisar cada caso individualmente e construir, junto com o paciente, o caminho para a cura da depressão, bem como entender o que o levou a desenvolver este quadro clínico.

A partir do momento em que a pessoa identifica por si só a necessidade de buscar a ajuda de um psicanalista ou de um psicólogo, o diagnóstico se torna mais fácil e o profissional contará com a abertura e postura ativa do paciente para que o tratamento seja bem-sucedido.

É possível atuar preventivamente

Predisposição genética, hereditariedade e o uso de alguns medicamentos são algumas causas externas já conhecidas da depressão. Às vezes, algumas patologias podem potencializar sintomas já latentes. O psicanalista tem conhecimento desses fatores e buscará, em seu diagnóstico, o entendimento sobre a pertinência deles em cada um dos casos.

Uma iniciativa que todos nós podermos ter para evitar a depressão é buscar o autoconhecimento em um processo terapêutico. Seja depois de passar por uma situação que gere tristeza ou mesmo ao longo da vida.

Com o passar do tempo, vamos crescendo e, com isso, mudamos nossa personalidade, gostos e preferências. Para conseguir passar por todas essas fases praticando a aceitação e ainda evitar uma cobrança ou controle exagerados, fazer terapia frequentemente pode contribuir e muito.

Mas isso não quer dizer que a depressão não possa aparecer. Ainda assim, a doença tende a ser encarada com maior conhecimento. Além disso, a confiança em um profissional já conhecido será essencial no tratamento.